domingo, 4 de novembro de 2012

Português - Agrup 11 (Aulas 25, 26 e 27)


SESI / NOVO TELECURSO  /  Profª Claudia Rocha  
LINGUAGEM: PORTUGUÊS    (Agrupamento 11 – aula 25, 26 e 27) 

Aula 25, 26 e 27 – Mas é conversando que a gente se entende -   Na cenatexto,  Zé Carlos é mecânico e não está acostumado com as palavras da linguagem bancaria. Aquele podia ser o mundo de Sandra, mas não era o dele. O que acontece com ele acontece com qualquer um, seja mecânico, professor, medico etc. Quando se entra em contato com um mundo que não é o nosso, as palavras são estranhas, as frases ficam quase incompreensíveis, e a gente ou fica totalmente perdido ou tem grande dificuldade de entender o que estão falando. Isso é porque as profissões, os grupos de pessoas de mesmas atividades ou mesmos interesses quase sempre criam umas linguagens próprias, baseadas nas coisas que só eles – daquela profissão ou daquele grupo – conhecem bem. Todos têm e usa uma linguagem, seu linguajar, seu JARGÃO. Para suprir essa dificuldade de entendimento, existem dicionários especializados, que trazem palavras e significados empregados por profissionais e especialistas. Repare nesta fala: “O resto o senhor divide em aplicações nos fundos de maior LIQUIDEZ” que quer dizer: o mais fácil e rapidamente se converte em dinheiro para o aplicador. Vamos voltar a falar um pouquinho de ortografia com esta palavra liquidez vem de líquido como timidez vem de tímido ou certeza vem de certo. Os SUFIXOS –ez e –eza, com a letra Z, pegam adjetivos e os transformam em substantivos. Veja: LIMPO transforma-se em LIMPEZA; LÍMPIDO transforma-se em LIMPIDEZ . Depois de tanto jargão, tanta palavra especializada, já era hora de falar das palavras que lembram o sentimento universal do amor. Começamos pelos SUBSTANTIVOS (é a palavra que dá nome aos seres, indicando pessoas, lugares, sentimentos, estados, qualidades, ações.): amor, adoração, veneração, simpatia, afeição, gosto, carinho, afeto, zelo, romance, namoro, predileção, favor, galanteio, galanteador, namorador, namoradeiro, fervor, paixão, sentimento, ardor, amizade, querência, bem-querer... Passamos pelos ADJETIVOS (tem a função de expressar características, qualidades, estados, etc., dos seres): amoroso, amado, amante, amorável, amavel, amigo, namorado, enamorado, simpático, cativo, apaixonado, afeiçoada, encantado, encantador, galante, carinhoso, querido, benquisto, gostoso, dileto, predileto, enfeiçoado, sentimental. Chegamos aos VERBOS (é uma palavra que indica uma ação, estado ou fenômeno, situando-os no tempo.): amar, querer, gostar, adorar, venerar, namorar, idolatrar, apaixonar-se, simpatizar, afeiçoar-se, encantar-se, desejar, cortejar, galantear, lisonjear, derreter-se, enamorar-se, enrabichar-se, engraçar-se, admirar, jurar, ter, possuir, agradar-se... E terminamos com os ADVÉRBIOS (é a palavra invariável que exprime circunstância e modifica o verbo, o adjetivo e até mesmo o próprio advérbio. “Os atletas correram muito.” à correram: verbo / muito: advérbio e “Maria estava muito feliz.” à muito: advérbio / feliz: adjetivo): amorosamente, apaixonadamente, ardentemente, com amor, carinhosamente, com carinho, afetuosamente, com fervor, galantemente, encantadoramente, fogosamente,com afeição,com simpatia, sentimentalmente, com paixão...  Os advérbios se dividem em vários grupos: lugar: aqui, aí, ali, cá, lá, acolá, além, longe, perto, dentro, adiante, defronte, onde, acima, abaixo, atrás, algures (= em algum lugar), alhures (=um outro lugar), nenhures (=em nenhum lugar), em cima, de cima, à direita, à esquerda, ao lado, de fora, por fora, etc. » tempo: hoje, ontem, anteontem, amanhã, atualmente, brevemente, sempre, nunca, jamais, cedo, tarde, antes, depois, já, agora, ora, então, outrora, aí, quando, à noite, à tarde, de manhã, de vez em quando, às vezes, de repente, hoje em dia, etc. » modo: bem, mal, assim depressa, devagar, rapidamente, lentamente, facilmente, ( e a maioria dos adjetivos terminados em    -mente), às claras, às pressas, à vontade, à toa, de cor, de mansinho, de cócoras, em silêncio, com rancor, sem medo, frente a frente, face a face, etc. » afirmação: sim, decerto, certamente, efetivamente, seguramente, realmente, sem dúvida, por certo, com certeza, etc. » negação: não, absolutamente, tampouco, de modo algum, de jeito nenhum, etc. » intensidade: muito, pouco, mais, menos, ainda, bastante, assaz, demais, tanto, deveras, quanto, quase, apenas, mal, tão, de pouco, de todo, etc. » dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura, provavelmente, etc. Para finalizar vamos relembra dos tipos de linguagem, informal e diária, as palavras e frases muitas vezes não aparecem com o seu significado mais tradicional e conhecido. Essas frases e palavras vêm com sentidos populares, curiosos e invertidos, do jeito que o povo fala. Em nossa história, Zé Carlos, Alemão e praticamente todos os personagens dão um verdadeiro show da utilização dessa língua informal, espontânea e criativa – “ Grana, bufunfa, arame, tatu, cacau, cobre, erva, prata, metal... dinheiro, Zé!” Somos nós, as pessoas que falam, que temos de perceber em que momento e lugar – e com que pessoas – devemos usar uma ou outra linguagem. Uma lição, porem, não pode ser esquecida: um tipo de linguagem não é melhor nem superior ao outro. Pessoas simples não falam uma língua inferior. A língua popular e informal é tão boa quanto a língua culta e formal, e as vezes mais agradável e objetiva. Ambas, adequadamente empregadas, cumpre sua finalidade de comunicar o que pensamos e sentimos.

ATIVIDADE DO LIVRO

Aula 26 – PÁG 141 : Reescritura: Releia agora o trecho da Cenatexto reproduzindo abaixo e identifique os advérbios que aparecem. Depois de identificá-los, tente reescrever o texto substituindo os advérbios por outro, quando for possível. Vá ao dicionário para ver mais sugestão, se tiver dúvida.  Mãos a obra!

“Alemão sai correndo, enquanto Sandra examina o carro e a oficina. Rapidinho, chegam Alemão e Zé Carlos, este já com o surrado macacão de trabalho. Sandra e Zé Carlos se olham um tanto surpreso. O mecânico logo reconhece a gerente que o ajudou de manhã. A moça fica meio confusa, talvez porque Zé Carlos esteja vestido de um modo diferente. Mas o reconhece e ambos sorriem”.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Aula 27 – Em certas situações, podemos ser bem informais, pois conhecemos a pessoa com quem falamos, estamos a vontade de um ambiente também conhecido. Em outras, precisamos ser mais cuidadosos e usar de certa cerimônia, empregando uma linguagem mais formal. Em cada situação descrita a seguir, escreva se você deveria ser formal ou informal, e que palavra escolheria para se dirigir a cada uma das pessoas em questão: cara, querida, senhor, senhora, senhorita ou você.
1. Você entra em uma agencia de empregos e se dirige a mesa de informações, onde atende uma senhora que parece prestativa, mas que você não conhece.
2. Você liga para seu primo para convida-lo para ir com você ao jogo de futebol no próximo domingo.
3. Você conversa com o medico de seu pai para obter informações sobre o tratamento dele.
4. Você se dirige a diretora da escola de seu filho, pedindo-lhe informações sobre o desempenho escolar do menino.
5. Você fala com sua filha menor, que quer ajudar nas tarefas de casa, explicando-lhe como deve reconhecer a roupa que esta na corda secando.
6. Você convida um(a) amigo(a) de trabalho, que lhe desperta um interesse especial, para um cinema no próximo sábado.


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